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30 de nov. de 2020

OMS desaconselha comemorações de fim de ano: especialista comenta o assunto



 OMS desaconselha comemorações de fim de ano: especialista comenta o assunto

Victor Bertollo, médico infectologista, destaca os cuidados com o novo Coronavírus que já vitimou mais de 170 mil brasileiros. Para ele, o impacto das festas pode trazer ainda mais danos

A COVID-19 trouxe muitas mudanças, entre elas, o isolamento social, que tornou nossos dias ainda mais difíceis, pois foi preciso abdicarmos da presença dos amigos e familiares. E embora a pandemia ainda não tenha passado, muita gente já voltou ao seu ritmo, seja no trabalho, ou mesmo em festas e confraternizações. E é aí que mora o perigo. Na última terça-feira, 23 de novembro, a Organização Mundial da Saúde, a OMS, pediu para que as pessoas renunciem às festas de Natal e Ano Novo.

Para a entidade, juntar muitas pessoas em meio a uma segunda onda eminente de Coronavírus pode ser um risco para a disseminação da doença, que já matou mais de 170 mil brasileiros. Victor Bertollo, médico infectologista do Hospital Anchieta de Brasília acrescenta que evitar esse tipo de aglomeração é certamente a opção mais segura para a grande maioria das famílias.

"Apesar de estarmos todos cansados das restrições sociais impostas pela pandemia já há quase um ano, é fundamental se manter cauteloso nesse momento, em especial considerando a elevação recente no número de casos no país", diz o especialista. Ele acrescenta que fazer as festas pode trazer consequências graves, assim como acontece agora em diversos países europeus. "Caso essa tendência permaneça, é plausível imaginar que nos próximos meses algumas cidades precisarão voltar a impor medidas de isolamento social mais restritivas, com a possibilidade inclusive da implementação de um novo lockdown em regiões específicas", pontua.

Bertollo também destaca outro fator. "As celebrações natalinas, além de promoverem aglomerações, habitualmente são eventos sociais envolvendo várias gerações de familiares, colocando indivíduos jovens em contato com indivíduos idosos", detalha. De acordo com o médico, esse contexto é particularmente preocupante por colocar em contato uma população com elevado risco de infecção (jovens) com uma população com elevado risco de complicações e óbitos (idosos e pessoas com morbidades).

E quem mesmo assim quiser continuar com as festas?
Dr Victor adiciona que para aqueles que insistirem em realizar as celebrações, as seguintes medidas poderão mitigar o risco de contaminação:

1- Realizar quarentena de 14 dias antes da celebração para todos os que comparecerão ao evento
2- Escolher locais bem arejados, preferencialmente em ambientes externos
3- Manter uma distância mínima de 2 metros entre os participantes
4- Evitar falar sem o uso de máscaras
5- Evitar contato físico
6- Higienizar frequentemente as mãos com álcool em gel 70% ou água e sabão
7- E de forma alguma compartilhar pratos, talheres ou copos.


9 de jun. de 2020

OMS: Maria Van Kerkhove diz que sua fala sobre ASSINTOMÁTICOS foi mal interpretada


OMS, Maria Van Kerkhove


OMS: transmissão de covid-19 a partir de assintomáticos é “muito rara”

Especialista diz que é importante traçar rota de pessoas infectadas



A infectologista e chefe do departamento de doenças emergentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, afirmou hoje (8) durante a conferência de imprensa diária sobre o novo coronavírus que a propagação de covid-19 a partir de pacientes assintomáticos é “muito rara.”
Segundo a médica, os dados levantados até agora mostram que pessoas que não apresentam os sintomas da doença possuem pouco potencial infectológico para contaminar indivíduos saudáveis. De acordo com a especialista, deve haver esforços dos governos para identificar e isolar pessoas que apresentam sintomas.
“Nós sabemos que existem pessoas que podem ser genuinamente assintomáticas e ter o PCR (teste realizado para detectar a presença do vírus no organismo) positivo. Esses indivíduos precisam ser analisados cuidadosamente para entender a transmissão. Há países que estão fazendo uma análise detalhada desses indivíduos, e eles não estão achando transmissão secundária. É muito rara”, afirmou a médica ao ser questionada por jornalistas.
Ainda segundo Kerkhove, é necessário traçar todos os contatos que pessoas que desenvolveram a doença tiveram com outros indivíduos. A infectologista afirmou ainda que é necessário realizar mais estudos para chegar a uma “resposta verdadeira” sobre todas as formas de transmissão do novo coronavírus.
Edição: Aline Leal


Prédio da OMS em Genebra, Suíça

OMS esclarece que assintomáticos podem transmitir covid-19

Uma live especial foi feita para falar sobre a polêmica


Após afirmar que a contaminação a partir de pessoas assintomáticas seria “rara”, a infectologista Maria Van Kerkhove – responsável técnica pelo time de combate à covid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS) – esclareceu hoje (9), em uma entrevista especial, que houve um mal-entendido sobre a fala.
“Recebi muitas mensagens pedindo esclarecimentos sobre alguns argumentos que usei ontem durante a coletiva de imprensa. Acho importante esclarecer alguns mal-entendidos sobre minha fala de ontem. O que sabemos sobre transmissão é que, [das] pessoas que estão infectadas com covid-19, muitas desenvolvem sintomas. Mas muitas não. A maior parte da transmissão conhecida vem de pessoas que apresentam sintomas do vírus e passam para outras através de gotículas infectadas. Mas há um subgrupo de pessoas que não desenvolvem sintomas. E, para entender verdadeiramente esse grupo, não temos uma resposta concreta ainda. Há estimativas de que o número gire entre 6% a 41% da população. Mas sabemos que pessoas que não têm sintomas podem transmitir o vírus”, reiterou. 
A médica fez questão, ainda, de frisar que há diferenças entre “pré-sintomáticos” – aqueles indivíduos que foram infectados, mas que ainda estão na fase de incubação do vírus – e “assintomáticos” – os indivíduos que, apesar de infectados por um período mais longo de tempo, não desenvolveram nenhum sintoma clássico da doença.
“O que fiz referência ontem, durante a coletiva de imprensa, foi a poucos estudos, dois ou três, que foram publicados e tentaram seguir casos assintomáticos. Eu estava apenas respondendo a uma pergunta [feita por jornalistas], não estava declarando qualquer mudança de abordagem da OMS. Nisso, usei a frase ‘muito rara’, mas isso não quer dizer que a transmissão vinda de pessoas assintomáticas seja ‘muito rara’ globalmente”, argumentou. 

Foco prático

Segundo Mike Ryan, médico epidemiologista especializado em doenças infecciosas e diretor executivo do Programa de Emergências da OMS, há um foco em ações práticas que diminuam os números de mortos e infectados por covid-19 em escala global. “Estamos tentando entender o que impulsiona a transmissão comunitária. Queremos salvar vidas. Quando damos conselhos sobre estratégias amplas de como controlar a doença, estamos focando em identificar os casos, acompanhar a trajetória [da infecção], testar esses casos e garantir que haja quarentena.”
O médico voltou a assegurar o entendimento da questão que, segundo a OMS, foi publicada por veículos de todo o mundo e gerou controvérsias sobre o papel do isolamento social e da quarentena. “Qualquer que seja a proporção de transmissão a partir de indivíduos assintomáticos – e esse número é desconhecido –, ela [a transmissão] está ocorrendo. Estamos convencidos disso. A questão é o quanto."